náufrago

na dança do redor em torno de si
a poesia é meu modo de ficar parado

ancorado no epicentro do vórtice
suporto um corpo que me suporta

sem respeito pela sucessão dos fatos
entremeado por todas as horas

dormidas
vindouras
presentes

atiro garrafas ao mar
perdendo horizontes
e zênites


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